
Rua antiga
(Tere Penhabe)
Desço as escadas do tempo
no casarão da memória...
Lá embaixo, passa uma rua antiga
envolta no som da cantiga,
entoada em serenata...
Lembro
os olhos doces que beijavam os meus,
silenciosamente...
Para onde foi aquele olhar contente?
Aquele jeito terno e displicente,
de amar e ser amado.
Será que se perdeu?
Ou foi desencantado...
O tempo, como o vento,
leva tudo para longe... inalcançável!
No peito, fica o silêncio da saudade,
acariciando as lembranças da mocidade...
À nossa volta...
o mundo é imenso...
cada vez mais imenso!
Eu penso...
penso...
penso...
Como voltar naquela rua?
Santos, 04/12/2009
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