
Trajetória
(Tere Penhabe)
Entre o que sou agora e o que já fui um dia,
Mora uma história boa que escrevi com gosto.
Nem sempre de alegria, houve também desgosto,
Porém, até na dor, pude encontrar magia.
Nalgum momento triste, tive a estesia,
A me mostrar que ocaso é mais do que sol-posto,
Que é uma esperança morna e balsamiza o rosto,
Causando-nos ternura, o que antes nos feria.
Quando tive o silêncio como companheiro,
A alma se recolheu, talvez a refletir,
Com esse aprendizado, as chagas eu cobri.
Meu coração será, sempre, um aventureiro!
Mas nessa trajetória, o medo de cair,
Fez dele, em vez de águia, humilde colibri.
Santos, 22/11/2009
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