
Sonetando Augusta Schimidt
Odir Milanez da Cunha
É mister bem comum de toda história
começar pelo dito: “Era uma vez...
Daí se tira o escrito na memória
do que se ouviu dizer, do que se fez.
Agora mesmo eu traço a trajetória
da minh’alma que leu minha nudez
e que, sem timidez, foi meritória,
concedendo aos meus sonhos sensatez.
Era uma vez meu eu pensado assim,
que do poeta, um dia, foi bondade
em verso e prosa, do começo ao fim.
A prosa pôs-me tal suavidade,
o verso foi tão puro para mim,
que de mim estou cheio de saudade!