UMA PERGUNTA AO
VENTO
© Joaquim
Marques
Porquê, vento? No teu vai e vem
constante
O teu sibilar, mais parece
gargalhada
De louco, ou de alguma alma
penada
Que sofre nas trevas, seu passado
errante?
Porque escarneces de nós assim, ó
vento?...
Quando a tua voz triste e
plangente
Nos acompanha de maneira
permanente
Sem nos dar espaço, para um
lamento?
Não sejas trocista, nem rias de
ninguém!...
Olha que os ventos mudam de
repente
E o mal que se faz aos outros, cai
na gente.
Vem comigo, vento! Os dois vamos
falar!...
Porque é bom desabafar com
amigos
E, se for preciso, com eles chorar...
Porto
PORTUGAL
2013